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Meninas balseiras da Ilha de Marajó são exploradas sexualmente

Reportagem mostra que meninas balseiras da Ilha de Marajó (PA) são vítimas de exploração sexual. Segundo o jornal, as jovens não estão na sala de aula e abandonam os livros assim que começam a fazer programas com os marinheiros. Como nas comunidades ribeirinhas não há energia elétrica, as escolas só funcionam durante o dia. Mas na hora em que deveriam estar na sala de aula, as balseiras encontram-se no meio do Rio Tocantins. "Quem denuncia a exploração sexual aqui não é bem-vindo", afirma o educador da região Paulo Jorge Silva. O professor Francisco José da Silva passou o último mês indo de comunidade em comunidade às margens da Ilha de Marajó. A idéia do educador, formado em letras é ajudar os professores a superar o medo, a vergonha e a tentação de permanecerem omissos com a exploração de crianças e adolescentes. Governo - O Ministério da Educação (MEC) estuda editar uma portaria obrigando professores, diretores e coordenadores pedagógicos a denunciar casos confirmados ou suspeitas de exploração ou abuso sexual de meninos e meninas. A idéia da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) é chamar a escola para a rede de enfrentamento da violência sexual de crianças e adolescentes. Reportagem - Levantamento nacional, divulgado pelo Correio Braziliense na última quarta-feira (22), mostra que, em 85% de 927 municípios brasileiros, os índices de abandono são mais altos do que a média dos estados em que estão localizados. Essas cidades estão citadas na Matriz Intersetorial de Enfrentamento da Exploração Sexual Comercial de Crianças e Adolescentes, da Secretaria Especial de Direitos Humanos. (Correio Braziliense - DF, Erika Klingl, 25 e 26/10/2006)