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Campanha alerta sobre os danos irreparáveis causados pelo trabalho infantil

Reprodução do vídeo da Campanha Trabalho Infantil: Você não vê, mas existe
Reprodução do vídeo da Campanha Trabalho Infantil: Você não vê, mas existe

O trabalho infantil deixa marcas profundas. Para algumas pessoas, essas marcas vão além de lembranças dolorosas ou atrasos escolares. Estão na pele, na ausência de membros amputados em atividades para as quais não se tinha preparo e qualquer proteção. Ou, ainda, estão na luta contra a dependência de drogas, no envolvimento com o crime.

Na Semana da Criança, o Ministério Público do Trabalho da Paraíba (MPT-PB), o Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalhador Adolescente na Paraíba (FEPETI-PB) e a Casa Pequeno Davi, com apoio do Fórum Nacional divulgam a campanha “Trabalho Infantil Vale a Pena?”. A pergunta é uma provocação, diante da defesa feita por autoridades ao trabalho infantil. Os vídeos, que serão veiculados na TV, mostram o depoimento de adultos vítimas do trabalho infantil. Eles contam como lidam com as consequências dessa grave violação de direitos, como amputação de membro.

Os VTs estão sendo transmitidos em emissoras de TV da Paraíba, na GloboNews e nas redes sociais dos parceiros da campanha, como o FNPETI. A data (Semana da Criança) foi escolhida para reafirmar o direito ao brincar, ao lazer, a estudar e ao desenvolvimento pleno e saudável das crianças e adolescentes, em contraponto ao trabalho infantil, que representa a negação desses direitos.

Os vídeos e outras artes da campanha serão acompanhados pela #TrabalhoInfantilNAOValeaPena.

“A campanha surge num cenário social bastante alarmante. Temos o poder público despreocupado com a proteção da criança e do adolescente, temos um agravamento da crise econômica no país, que gera desemprego de adultos e, nesse viés, faz com que crianças e adolescentes sejam coagidos a contribuir com a renda doméstica, temos a deficiência crescente de políticas públicas em defesa das crianças e dos adolescentes, inclusive na área da exploração do trabalho. Temos, principalmente, uma naturalização do trabalho infantil, com avanços conquistados nessa área se perdendo. Ressurge o discurso de que criança deve trabalhar e que a criança que trabalhou seria o profissional qualificado do futuro, quando dados demonstram que o trabalho infantil é extremamente maléfico, retira da escola, expõe à criminalidade, torna um adulto desqualificado para o mercado de trabalho porque não se capacitou no momento em que deveria”, detalha o procurador do Trabalho Eduardo Varandas, idealizador da campanha.

De acordo com Isa Oliveira, a campanha é “uma resposta à defesa do trabalho infantil feita por autoridades brasileiras irresponsáveis e omissas em relação ao combate ao trabalho infantil”.

“A ideia da campanha é perguntar à população se o trabalho infantil vale a pena, se o discurso adultocêntrico, higienista e hipócrita de que crianças devem trabalhar para não ficarem na marginalidade de fato prevalece. A pergunta que fica é se é isso que nós queremos para as nossas crianças, lembrando que as são a semente de qualquer nação, o futuro. Se não cuidarmos do futuro, vamos cuidar do quê?”, acrescenta Varandas.

Os vídeos e outras artes da campanha serão veiculados nas redes sociais dos integrantes da Campanha com a #TrabalhoInfantilNAOValeaPena.

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