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'Brasil tem condições de erradicar trabalho infantil', diz Nobel da Paz

Nobel da Paz tira selfie com participantes da roda de conversa, na UnB
Nobel da Paz tira selfie com participantes da roda de conversa, na UnB

O Nobel da Paz e idealizador da Campanha 100 Milhões por 100 Milhões, Kailash Satyarthi, cumpre agenda no Brasil. Entre seus compromissos, estava a realização de uma roda de conversa na Universidade de Brasília (UnB) sobre ativismo, educação e trabalho infantil, no último dia 17. Na tarde do mesmo dia, seguiu para o Senado Federal e conseguiu o compromisso dos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Fabiano Contarato (Rede-ES) de aprovar o novo Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) com 40% de complementação da União.

Se aprovada, a proposta vai aumentar em quatro vezes os recursos do Fundeb destinados pela União, além de ampliar o número de matrículas, atender mais escolas em situação socialmente vulnerável e valorizar os salários dos profissionais da educação básica. Saiba mais aqui.

Confira trechos da reportagem do Correio:

"Cumprimentando a todos com uma energia contagiante, passos lentos e sempre sorrindo. Foi assim que o ganhador do Nobel da Paz de 2014, Kailash Satyarthi, de 64 anos, chegou à Universidade de Brasília (UnB), para conversar com adolescentes sobre ativismo, educação e libertação de crianças em trabalho escravo. Uma das histórias narradas pelo indiano durante sua palestra, foi do resgate feito em uma aldeia na Índia. Segundo o relato, ao resgatar um grupo de crianças em uma pedreira, ele ofereceu bananas e o grupo entrou em choque, pois nunca vira aquilo. Uma menina perguntou que tipo de cebola era aquela, outra disse que nunca havia visto aquele tipo de batata. Então, ele explicou que era uma fruta doce, mas esqueceu de dizer para tirar a casca e elas comeram mesmo assim. Logo depois uma menina agarrou o ombro dele e perguntou “por que não veio antes?”

O relato comoveu a todos e cortou o silêncio da atenta plateia, quando ele lançou a pergunta: “o que nos impede de lutar contra o trabalho infantil e pelas crianças?”,  e iniciou o debate. Kailash contou que se envolveu com o tema desde quando viu, aos cinco anos, crianças trabalhando em vez de estudar e “aquilo tocou fundo meu coração”. O engenheiro decidiu o  coração e, em de 20 anos de ativismo, já libertou mais de 80 mil crianças do trabalho análogo à escravidão. No Brasil, segundo dados do IBGE, 1,8 milhão de crianças e adolescentes, de 5 a 17 anos, trabalham, e 190 mil têm entre 5 e 13 anos. Para Kailash, o país tem leis que protegem as crianças e políticas sociais, como o Bolsa Família, e não está tão longe da erradicação".

Clique aqui para acessar a entrevista do Correio na íntegra

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