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Série: Boas Práticas em Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção a Adolescentes no Trabalho

Nome: XI Marcha Contra o Trabalho Infantil


Onde: Pernambuco


Impacto: A XI Marcha Contra o Trabalho Infantil demonstrou ser uma ferramenta poderosa de mobilização social e conscientização pública. A ampla adesão e a visibilidade midiática não apenas reforçaram a legitimidade da luta, mas também criaram um ambiente favorável ao fortalecimento de políticas públicas voltadas para a erradicação do trabalho infantil. Além disso, a marcha reafirmou que o combate a essa violação de direitos é uma responsabilidade coletiva, exigindo o comprometimento de toda a sociedade.

Resultado: A marcha contou com a participação de mais de 400 pessoas, entre adolescentes, educadores, militantes e representantes de organizações sociais. A ampla cobertura da mídia local incluiu reportagens exibidas em emissoras de televisão e publicações nos principais jornais da capital. O evento contribuiu para a ampliação do debate público sobre o trabalho infantil e para o fortalecimento do apoio popular à causa. Além disso, reforçou a articulação entre instituições para futuras ações de combate a essa violação de direitos. A iniciativa também sensibilizou um público mais amplo, fomentando mudanças na percepção social sobre o tema e pressionando as autoridades para uma implementação mais efetiva das políticas públicas.

Com a palavra o Fórum Estadual:


1 – Como foi identificar o desafio/problema que ensejou a criação desta prática?


O problema que motivou a criação da Marcha foi, inicialmente, a percepção de que o tema da exploração do trabalho infantil é pouco debatido em nível estadual, ficando, muitas vezes, restrito ao dia 12 de junho – Dia Nacional de Combate ao Trabalho Infantil. Diante disso, surgiu a necessidade de estabelecer uma nova data de mobilização, e foi escolhido o dia 10 de outubro como um marco adicional para trazer à tona temáticas importantes e emergentes no estado.

O principal desafio da Marcha é a mobilização da sociedade, abrangendo não apenas a sociedade civil organizada, mas também as secretarias de Estado e as prefeituras, incentivando sua participação na capital de Pernambuco.


2 - Qual o impacto da boa prática no Estado?

A Marcha Pernambuco contra o Trabalho Infantil tem um impacto extremamente positivo no estado, pois amplia a visibilidade da temática e denuncia a ocorrência dessa grave violação de direitos, que é a exploração do trabalho de crianças e adolescentes. Trata-se de uma caminhada que percorre pontos estratégicos da capital e gera pressão pública para avanços concretos, como a reformulação do Plano Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil — uma demanda conquistada por meio da Marcha. Além disso, a mobilização evidenciou o aumento do trabalho infantil no período pós-pandemia, levando o tema a ser debatido em nível estadual.

A visibilidade proporcionada pela Marcha também amplia as oportunidades de pautar essa questão na mídia tradicional, o que representa um avanço significativo para a proteção de crianças e adolescentes.

O evento chama a atenção não apenas das pessoas que acompanham a mobilização nas ruas, mas de todo o sistema de garantia de direitos do estado. Ele envolve a sociedade civil, órgãos governamentais, prefeituras, secretarias e diversas outras instituições que se mobilizam para participar do ato público. Sem dúvidas, a Marcha se consolidou como um importante mecanismo de sensibilização sobre a exploração do trabalho infantil, muitas vezes superando os índices de participação e engajamento do dia 12 de junho — data de apelo nacional, mas que concorre com festividades juninas e o Dia dos Namorados.

3 - Qual o ponto de destaque desta experiência? 

O principal destaque dessa experiência é que a Marcha Pernambuco contra o Trabalho Infantil, além de engajar jovens, crianças e adolescentes de diversas instituições, também mobiliza organismos da sociedade civil, secretarias de Estado, equipes do sistema de garantia de direitos e profissionais da área. A iniciativa oportuniza a discussão pública sobre a exploração do trabalho infantil e adolescente, permitindo um diálogo mais amplo e efetivo com diferentes instâncias populares e governamentais em Pernambuco.

Por meio da visibilidade gerada, a Marcha não apenas denuncia os cenários de violação de direitos que ainda persistem, mas também fortalece a mobilização social para enfrentá-los.

 

Depoimento de quem fez parte desta experiência:


"O que quero destacar da Marcha é a união das pessoas na luta contra o trabalho infantil, um tema extremamente importante e delicado. Também produzimos cartazes, como forma de expressar nossos sentimentos, enquanto crianças e adolescentes. Tivemos a oportunidade de falar tudo o que precisávamos, e isso é fundamental tanto para a sociedade quanto para nós, pois nos mostra que nossa luta não é em vão. Essa é uma causa essencial para todos."


João Pedro Quintino Alves - Adolescente de 13 anos de idade, representante da Organização de Auxílio Fraterno (OAF/ Recife), no Fórum Estadual de PE.

Fórum PE:

Coordenação Colegiada FEPETIPE:
Anderson Silva (ECEPE/UFRPE)
Hemi Villasboas (CIEE)
Ozana Castro (Gecria/UFPE)
 

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